NEUSA LEONCINI
A falsidade da burguesia
Parte da classe média alta – aquela que tem bela casa, piscina no fundo e geladeira cheia – desenvolve atualmente um ódio escondido ou explícito contra Bolsonaro.
Ele é chamado de tosco pelos ‘”politicamente corretos”, que me fez lembrar o antológico filme de Buñiel – O Discreto Charme da Burguesia.
O jantar, em que fatos reais, se misturam com sonhos, pesadelos, num clima surrealista e aburdo tira a máscara dos convidados e anfitriões, escancarando uma crítica ácida, mordaz identificando a hipocrisia que reúne esta gente.
As relações superficiais das aparências de uma classe, que aninha em seu meio, corruptos do colarinho branco, prostitutas transvestidas de vestais, ladrões elegantes de todo gênero, desde que sejam acobertados pelo Sistema protegido por agentes poderosos.
Esses burgueses rezam por uma cartilha elegante e especial com suas convenções, códigos, protocólos próprios.
Do grupo fazem parte intelectuais, empresários, artistas, jornalistas falsos da Velha Mídia, agentes públicos do “top” da pirâmide, políticos, cujo único objetivo é manter nos cofres seus privilégios.
Eles apenas fingem que têm bandeira, extrapolam um discurso indigesto, pontuado de mentiras, escondendo a autêntica realidade de suas vidas pequenas e descartáveis.
Envergonhados em por à luz, que preferem o ladrão Lula, analfabeto, articulado a favor de mutretas bilionárias, dizem que não são comunistas ou socialistas porque estes nem existem mais no planeta.
Torcem ideologias e tentam passar seus desejos de um mundo de paz,igualitário, o “Todos são iguais perante a Lei”, quando em seus mesquinhos comportamentos individuais nada disso é verossímil.
O “outro”, que não pertence ao reduto majestático, é simplesmente o estorvo, aquele que eles preferem não enxergar, porque faz mal à vista dos seus olhos sem remela.
Não suportam o cheiro da pobreza , mas são mestres em usá-la para passar ideologias inconsistentes, com medo de uma revolta, que possa tirá-los do seu conforto – que pretendem seja eterno.
Camaleônicos colocam e tiram fantasias de acordo com as circunstâncias, favoráveis ou não.
Apelidados de Isentões, têm o desprezo de quem os conhece por dentro e não se deixam enganar por esse teatro de fantoches.